O
Governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 6 de maio, o Inova
Educação, política de educação composta por competências cognitivas e
socioemocionais para todos os alunos de São Paulo. As mudanças incluem
projeto de vida, eletivas, mudanças no tempo de permanência na escola e uso da
tecnologia para toda a rede estadual.
Trata-se
de um modelo pedagógico pioneiro que vai conectar as escolas à realidade dos
estudantes do século 21 e será ofertado a partir de 2020 a todos os dois
milhões de estudantes matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio na rede estadual de São Paulo. Estes estudantes ganharão uma aula
a mais e um aumento na carga horária de 15 minutos por dia.
O
Inova Educação é inspirado nos resultados positivos das práticas de sucesso já
aplicadas em 633 escolas da rede estadual de São Paulo desde 2012. Além disso,
está em consonância com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na medida
em que reforça as 10 Competências Gerais do documento.
O
programa também responde a uma demanda da comunidade escolar identificada no
trabalho com diretores, professores e estudantes feito desde o início do ano e
intensificado no mês de abril.
“Essas
mudanças são fruto de um processo de escuta que envolveu profissionais da
educação e estudantes, assim como a análise das boas práticas já em curso
dentro da nossa rede”, destaca o Secretário Rossieli.
Ao
manter o estudante por mais tempo na escola, o Governo do Estado de São Paulo
quer propiciar experiências educativas que tenham mais sentido para os jovens
do século 21. Dessa forma, pretende melhorar a aprendizagem, reduzir o abandono
escolar, além de fortalecer o vínculo entre alunos e professores.
Os
estudantes terão sete aulas diárias de 45 minutos cada, ao invés de seis como é
hoje. Todas as disciplinas regulares ficam mantidas e não haverá exclusão de
nenhuma delas. Pelo contrário, os professores terão mais oportunidades para
compor sua jornada de trabalho e ainda receberem formação especializada para
isso.
O
modelo vai exigir um aumento da carga horária de 15 minutos por dia. Quando
estiver em vigor, os estudantes do período matutino passam a sair da escola às
12h35 – não mais às 12h20. No período vespertino, a saída passará a ser às
18h35.
No
novo projeto pedagógico os estudantes ganharão duas aulas por semana de uma
atividade chamada “Projeto de Vida”, mais duas aulas do componente Eletivas e
uma de Tecnologia.
Os
professores da rede estadual interessados em lecionar as aulas da nova proposta
pedagógica poderão se inscrever em um processo seletivo que será conduzido
pelos diretores de cada escola.
A
seleção será baseada em habilidades e os professores receberão formação
específica. Os docentes da própria escola poderão compor até 40% de sua jornada
com as novas disciplinas.
Sobre
as novas aulas
A
partir de 2020, os alunos da rede estadual irão cursar duas disciplinas
eletivas por semestre. As opções serão oferecidas a partir do levantamento das
necessidades e dos anseios dos estudantes e das possibilidades de oferta dos
professores.
Cada
escola organizará um “Feirão de Eletivas” no início do ano, para que todos
discutam conjuntamente quais serão as opções ofertadas, com base nos interesses
e projetos de vida dos estudantes e nas formações e vocações dos professores.
Para
apoiar o processo, a Secretaria Estadual da Educação disponibilizará uma
espécie de “cardápio” com sugestões de temas a partir do levantamento de
experiências de sucesso da rede.
O
“cardápio de Eletivas” abrangerá temas como empreendedorismo, ética e
cidadania, olimpíadas de conhecimento, teatro, comunicação não violenta e
mediação de conflitos, entre outras a serem definidos junto com a rede.
O
estudante também participará da definição do conjunto das eletivas e poderá
escolher entre as opções disponíveis no mesmo horário.
Além
disso, serão disponibilizadas duas aulas semanais de Projeto de Vida, onde os
estudantes farão atividades para definirem seus objetivos, planejarem seus
rumos futuros e se organizarem para chegar onde querem. As atividades abrangem
ética e cidadania, sonhos, projetos na comunidade, mundo do trabalho, vida
acadêmica etc.
Essas
atividades serão estruturadas a partir da experiência da própria rede com a
disciplina de Projeto de Vida – existente desde 2012 – e que auxiliam os alunos
a desenvolverem a gestão do próprio tempo, a organização pessoal, compromisso
com a comunidade e perspectivas para o futuro.
Por
fim, a disciplina de Tecnologia pretende trabalhar quatros elementos com os
alunos: o pensamento computacional, a cidadania digital, a cultura digital e o
uso de diferentes mídias e tecnologias.
Essa
disciplina é estruturada para ocorrer independentemente do nível de maturidade
tecnológica da escola, ou seja, os alunos poderão se beneficiar das descobertas
que a tecnologia permite, qualquer que seja a quantidade de computadores,
qualidade da conexão à internet ou nível de familiaridade dos professores com
as tecnologias digitais. O objetivo é usar a tecnologia como ferramenta para
comunicação, criação de projetos e soluções.
Ao
inserir esta disciplina, a Secretaria da Educação espera preparar seus
estudantes para lidar também com as mudanças que virão, aproximando a educação
aos desafios do século 21. Nesse sentido, dentre as questões que podem ser
discutidas em sala de aula estão: como a inteligência artificial pode afetar o
mercado de trabalho? Como utilizar de modo responsável os canais de comunicação
online?
Parceria
com o Instituto Ayrton Senna
Na
ocasião também foi anunciado, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, o
programa “Minha Escola”, que vai implementar já em 2019 o novo modelo
pedagógico do Inova Educação em 24 escolas de período parcial, da rede
estadual.
O
Instituto Ayrton Senna auxiliará com a experiência no desenvolvimento de
habilidades socioemocionais, como garra, responsabilidade e trabalho em equipe
e com base em evidências científicas nacionais e internacionais.
Esse
programa envolve cerca de 650 educadores e 9,3 mil estudantes do 6º ao 9º do
Ensino Fundamental. Esses alunos vêm de escolas com perfis diferentes, com
altos e baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb),
localizadas em regiões diversas da Capital, incluindo áreas periféricas e de
perfil socioeconômico variado.
Ao
longo do ano, as 24 escolas serão coautoras do modelo que auxiliará a
implementação do Inova Educação em 2020. A proposta é que registrem suas
práticas e resultados, os quais serão acompanhados pela equipe do Instituto
Ayrton Senna, para que, no próximo ano, a proposta seja expandida para toda a
rede.
VEJA COMO SERÁ O PROGRAMA
http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/
A DIRETORA DA ESCOLA ROGÉRIO, EDICÉIA TOMBA PARTICIPOU DO LANÇAMENTO DO PROGRAMA NO PALÁCIO DO GOVERNO EM SÃO PAULO
Um momento histórico e inovador na Rede Estadual!
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